Autismo - Anjo Azul Autista: CAMINHOS ATÉ O DIAGNÓSTICO

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domingo, 28 de janeiro de 2018

CAMINHOS ATÉ O DIAGNÓSTICO

Parte 1 - QUAIS CAMINHOS PERCORREMOS PARA CHEGARMOS NO DIGNÓSTICO?  


Após inúmeras intervenções externas, resolvemos dar o primeiro passo para o diagnóstico, que foi marcar uma consulta com uma neuropediatra, antes só uma observação, por mais difícil que seja você ouvir de um estranho ou conhecido que algo possa estar errado no desenvolvimento do seu filho, foi exatamente estas "intromissões" que abriram nossos olhos para o fato, pois é claro que nenhum pai e mãe gostaria que seu filho desenvolvesse qualquer deficiência e só de imaginar que isto seria possível, fez com que vários mecanismos de defesa fossem ativados, então sempre que éramos questionados, minha esposa e eu, obviamente não gostávamos e desconversávamos ou dizíamos que era impressão da pessoa.


Consulta com a Neuropediatra


Pois bem, voltando a consulta com a neuropediatra, resolvemos marcar pelo SUS, com uma médica que atendia em uma cidade vizinha. Este dia foi traumatizante, pois fomos na
maior expectativa de que teríamos boas notícias, pois realmente, não sei se pelo grande amor que temos, mais sempre vimos nosso pequeno com um desenvolvimento aparentemente normal pela idade e um atraso na fala, então as esperanças eram gigantes.
Lembro como se fosse hoje, ao entrarmos na sala da médica, o Arthur foi direto em um pequeno pote e pegou o mesmo, como queria que o mesmo prestasse atenção na médica, tirei o pote de sua mão e disse para não mexer em nada...Me arrependo até hoje, no mesmo instante ele começou a chorar pela repreensão e não parava mais, minha esposa tentava acalentá-lo, mais mesmo assim continuava chorando e chorando. Com muito custo ele moderou sua irritação, falamos a médica o motivo da consulta, explicamos de forma bem rápida sobre o Arthur e então a médica pode falar, transfiro abaixo o conteúdo que ouvimos: (óbvio que como fazem 5 anos não é exatamente o que ela disse porém é exatamente o que ficou gravado na minha cabeça até hoje)

" Pais, o Arthur é muito novinho ainda (pouco menos de 2 anos), porém esta atitude que vimos hoje é sinal que ele pode sim ser uma criança autista, por exemplo, pois o normal era pra ele entrar aqui na sala, interagir comigo, fuçar e mexer nas coisas, porém não tem como fechar o diagnóstico por ele ser muito novinho, mais pelo que vi, ele tem traços de uma criança AUTISTA"

Sai da sala da médica com mais dúvida que entrei, porém percebi que minha esposa ficou mais abalada e permaneci forte, falando que da forma que aconteceu não me dava por satisfeito, ou seja, tive e não tive um diagnóstico e desta forma não poderia ficar.


Difícil realidade 


O final desta visita, foi um retorno pra casa com um silêncio ensurdecedor dentro do carro e ao entrar em casa, já passando pelo portão, minha esposa entrou em prantos, abracei-a e disse para se acalmar que iríamos procurar uma segunda opinião e que independente do que ouvíssemos, o nosso filho, seria sempre o nosso filho..






Transtorno
Espetro
Autista
M
O



O SENTIMENTO É MAIOR QUE O DIAGNÓSTICO

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