Autismo - Anjo Azul Autista: CAMINHO ATÉ O DIAGNÓSTICO II

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

CAMINHO ATÉ O DIAGNÓSTICO II

Parte 2 - QUAIS CAMINHOS PERCORREMOS PARA CHEGARMOS NO DIGNÓSTICO?  

A esta altura do campeonato já estávamos com bastantes dúvidas em nossas cabeças, pois nosso coração dizia que nosso filho era "normal" e a razão dizia que poderia haver algo de errado. E a razão começou a ganhar força quando uma peça chave deste quebra cabeça mudou seu discurso no meio do caminho.

Já postei aqui, que meu filho tem como maior deficiência a fala e por isso fazíamos acompanhamento com uma fonoaudióloga, profissional esta não gabaritada para dar diagnósticos, porém com convívio com várias crianças no espectro em seu dia a dia. Quando iniciamos as sessões com a fono, relatamos a ela tudo o que já havíamos vivenciado com nosso filho, sobre a possibilidade de ele possuir alguma deficiência, e claro, isto se baseando no que os outros comentavam, porém reforçando a mesma, situações normais nas atitudes dele, o que nos deixava com esperança que não poderia ser nada. E me recordo muito bem quando ela o viu nesta primeira vez e ao término da primeira sessão de 30 minutos, onde ela ficou somente com ele na sala, ela nos chamou e disse: "convivo com alguns pacientes que são autistas, não percebi estes traços no Arthur, pra mim ele parece uma criança normal e que tem a fala atrasada, mais isso será desenvolvido com o tempo e com as sessões ele irá se soltar"


 Esperança renovada


Esperança renovada e felicidade de receber uma boa notícia de alguém gabaritado devido sua vivência, porém como iniciei este post, este discurso após algumas sessões e a falta de evolução na fala, aliada a pequenas atitudes características do transtorno, como não manter contato visual, fez com que o discurso da fono fosse se modificando.

Conforme já descrito anteriormente em outro post, disse que procuraria uma segunda opinião sobre uma consulta que tive com uma neuropediatra do SUS, então após recomendações marcamos uma consulta particular com uma neuropediatra de uma cidade próxima, consulta esta que já se mostrou totalmente diferente da realizada no SUS, pois antes mesmo da neuro ver meu filho ela já deu algumas lições de casa para que levássemos no dia da consulta, como vídeos de como o Arthur brincava e carta da fono com parecer sobre as sessões de fonoaudiologia. Foi aí que literalmente minha esperança de que meu filho não tivesse nada, praticamente acabou pois a carta de parecer da fono foi bem ao ponto, ela dizia em seu final que, após várias sessões o Arthur continuava não verbal e apresentava sinais de uma criança autista.


Diagnóstico praticamente emitido



Neste momento o coração e razão já falavam a mesma língua e por mais difícil que fosse admitir, o meu inconsciente já admitia que meu filho era autista, tanto que neste momento cheguei a fazer uma promessa, sendo que para que eu a cumprisse, bastasse eu ouvir no dia da consulta o que denominei de "notícia boa", pois neste tempo todo, diante das circunstâncias, você começa a pesquisar sobre o assunto, sua classificação, como vivem, como se desenvolvem, ou seja, tudo o que tinha para pesquisar e li muitas coisas que me deixou mais aliviado, pois haviam vários casos em que a pessoa tinha um desenvolvimento praticamente normal e no caso dos Asperger, ainda a possibilidade de desenvolver habilidades e talentos acima da média.


Fatos sobre TEA 


Apenas para ressaltar que hoje já se encontra unificado e englobado em um único termo, pessoas com autismo ou síndrome de asperger, que é o TEA (transtorno do espectro autista) onde os pacientes são diagnosticados apenas em grau, sendo o asperger a forma (grau) mais branda.

Bom, diante agora de todos os fatos acima vividos, restou a minha esposa e eu esperarmos a consulta particular para darmos a esta história uma definição, pois neste momento já havíamos sofrido o que tinha pra sofrer, queríamos o "bater do martelo" não aguentávamos mais o "será".





No próximo post trarei o dia da consulta, aquele que mudou pra sempre nossas vidas...


Transtorno

Espetro

Autista

M

O


O SENTIMENTO É MAIOR QUE O DIAGNÓSTICO


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