Autismo - Anjo Azul Autista: ROTINA

sábado, 17 de março de 2018

ROTINA

MUDANÇA DE ROTINA E VIAGENS

DÚVIDAS


Percebi que existem bastante pais com dúvidas quando a questão é mudança de rotina e viagens, cujo maior receio é de como vai se comportar seu filho nestas situações, bem como se isto fará bem aos mesmos ou não.

Como tudo relacionado a este assunto (autismo), varia de criança para criança, sempre friso que o que será aqui relatado está voltado para experiência vivida com meu filho que possui autismo leve, portanto o intuito deste post é tentar ajudar de alguma forma quem por ventura está tendo dificuldades nesta questão.



VIVÊNCIA DO DIA A DIA


Pois bem nunca mantivemos uma rotina pré-disposta para ele, ou seja, tirando as situações necessárias, como ir para creche, depois ir para casa da senhora que cuidava dele, o seu dia a dia era normal e livre para assistir tv e brincar. Obviamente que devido o autismo, haviam formas peculiares de brincadeiras, porém sempre tentávamos inserir brincadeiras das mais variadas possíveis, como andar de velotrol, bicicleta, carrinho com pedal, jogar bola, desenhar, brincar de carrinhos, entre outros. O que havia sempre era a preferência dele em um determinado período por um determinado brinquedo, porém como já dito, sempre estimulamos a vontade de brincar com brinquedos diferentes, então realmente nesta situação não tivemos dificuldades e tivemos sim lembranças que até hoje passam pela cabeça, como exemplo, a vez que ele andou de bicicleta sozinho pela primeira vez, a corda que amarramos no velotrol para puxar ele, pois não pedalava de jeito nenhum, depois desenvolveu uma técnica tipo "flinstones" para andar, pois como não pedalava e nem sempre podíamos puxar, ele começou a dar impulso com os dois pés no chão e posso garantir que ele ia rápido. 
Nos surpreendeu com brinquedos educativos, onde sem ensinarmos ele começou a encaixar as peças em seu devidos lugares.

A maior dificuldade que tivemos era quando íamos para lugares diferentes, ele gostava de ficar correndo por todo o local e a todo tempo, porém não estranhava o lugar, nem as pessoas, nem o som alto e isto fez com que voltássemos pra casa antes do previsto por várias vezes, porém nem sempre. E para esta situação a única coisa que eu vejo que ajudou para que o mesmo mudasse seu comportamento, foram as conversas que tínhamos com ele antes de irmos, ou seja, dizíamos que se chegasse no local e ficasse correndo iríamos embora e o fato de, ao invés de não irmos, porque ele ficaria correndo, como já descrevi acima, íamos, ficávamos um pouco depois íamos embora, então foi meio que uma adaptação. E complemento com o seguinte, as pessoas as vezes comentava "nossa que fogo", "ele não para", " está no 220", "tem pilha alcalina", nós só concordávamos e não ficávamos dizendo que é porque era autista e coisa do tipo, pois ele até hoje com quase 7 anos é pequeno pra entender sobre isso e nunca usamos esta situação como "bengala" para justificar seu comportamento.

Quanto a viagens, já viajamos com ele de avião e carro (viagens curtas e longas) e também não tivemos muitos problemas, sendo que a dinâmica foi a mesma já mencionada acima, ou seja, começamos a informa-lo, bem antes, aonde iríamos, como iríamos, o que iríamos fazer e ver no caminho, como ele deveria se comportar, o que ele teria de recompensa se ele se comportasse e claro levávamos sempre no "kit de primeiros socorros" algo para tentar acalma-lo ou distraí-lo, em uma possível crise, como tablet com joguinhos que ele gostava, ou seja algo que sabíamos que ele gostava muito e prendia sua atenção.



A IMPORTÂNCIA DO PROCESSO DE ANTECIPAÇÃO


O porque no meu caso posso garantir que esta conversa com ele antes do fato ocorrer era primordial para seu entendimento, pois uma vez que, de uma certa forma tentamos "enganá-lo", o resultado foi terrível, foi em uma viagem que minha esposa e ele foram de avião para minha sogra, não falamos pra ele que eu não iria, simplesmente deixamos pra ultima hora, ou seja, levei eles até o aeroporto, depois até o acesso ao portão de embarque e quando dissemos "o papai não vai...", bom, acho que vocês imaginam o que aconteceu...

Como aprendizado disto tudo, fica a aqui a dica de sempre prevenir com antecedência ações fora de sua rotina, bem como incentivar sempre o novo, o diferente, quanto mais pequeno possível, tornará sua adaptação menos desgastante.

Transtorno


Espetro


Autista


M


O






O SENTIMENTO É MAIOR QUE O DIAGNÓSTICO


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